quarta-feira, setembro 28, 2016

Menos buzinadelas e mais bom senso

A forma como conduzimos um automóvel também revela quem somos. Um destes belos dias, num cruzamento, liguei o respectivo pisca para virar à esquerda. Entretanto, chegou outro carro no sentido contrário ao meu, com intenção de também virar à sua esquerda. Tinha uma fila de carros atrás de mim e como ele não me deixou passar também não conseguiu virar. Gerou-se o impasse. Irritado, começou a buzinar. Gesticulava. A situação resolveu-se quando cheguei um pouco à frente e o impaciente condutor lá passou furioso. Um pouco de educação e bom senso tinham evitado aquele impasse.

Talvez a coisa que mais rareie nestes dias é o bom senso. Falta sabedoria e razoabilidade na vida pessoal, na convivência uns com os outros, nas famílias, nas escolas, na política, nas empresas, nas igrejas. Cometem-se muitos erros pela escassez do necessário tento. A Dona Gulodice comeu o chocolate todo sozinha e no dia seguinte ficou com uma tremenda dor de barriga. Os loucos apressam-se nas decisões e vontades, são precipitados; os sábios ponderam, procuram pesar todos os factores e consequências antes de agir. O contrário do bom senso é a louca alienação. Se há coisa que a nossa apressada sociedade tecnológica está a produzir é a alienação da sensatez. Não é senso comum que falta, é mesmo o bom. O bom siso evitará muitas buzinadelas e outros males maiores. Bem aconselha o Provérbio bíblico: "O bom siso te guardará, e a inteligência te conservará" (Provérbios 2:11).

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