segunda-feira, janeiro 21, 2013

O desastre ortográfico

É simplesmente brilhante o artigo de Miguel Sousa Tavares sobre o Acordo Ortográfico de 1990, publicado na última edição do Expresso. O tal ultrajante Acordo que foi feito para “unificar a língua”, agradar aos brasileiros e não perder a influência em África, mas que, dos oito países que falam língua portuguesa, apenas quatro países verdadeiramente o rectificaram.

«[...] E chegámos assim à situação actual, verdadeira parábola sobre o destino da sobranceria: neste momento, há três grafias oficiais da língua portuguesa — a que vigora em Angola, Moçambique, Timor, e que é a anterior ao AO; a grafia brasileira que é a mesma de sempre, resultante do não acatamento de nenhum dos três acordos ortográficos assinados connosco, ao longo de 60 anos; e a de Portugal, que, com excepções ainda autorizadas, é resultante do AO de 1990 — feito, segundo diziam, para “unificar a língua”, agradar aos brasileiros e não perder influência em África! É notável, é brilhante, é mais do que prometia a estupidez humana! Perante este facccccccccto, seria de esperar que os nossos sábios e os arautos dos amanhãs que cantariam no português por eles unificado pintassem a cara de preto e viessem pedir desculpas públicas. Eu dar-lhes-ia como castigo a conversão ao AO do “Grande Sertão, Veredas”, de Guimarães Rosa."»

Leia o artigo na íntegra "O Desastre Ortográfico" AQUI.

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